quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Etiquetas

Não, não me refiro às etiquetas dos artigos nas lojas ou nos supermercados. Refiro-me àquelas etiquetas personalizadas que atribuímos às outras pessoas, na maioria dos casos logo nos primeiros instantes quando conhecemos alguém. Muitas vezes a pessoa ainda não abriu sequer a boca e pimba! já levou com uma etiqueta na testa. É perfeitamente redutor, mas todos o fazemos.

Eu sei que o faço. Tenho consciência disso e, para compensar, faço um esforço consciente para ser mais tolerante e estar mais receptivo a formas de ser diferentes da minha.

Também tenho de dizer que me habituei a confiar bastante nos meus primeiros instintos sobre as pessoas. Foram poucas as vezes onde verifiquei que a minha primeira impressão estava errada. Posso levar bastante tempo a validar se estava certo ou errado. Geralmente não procuro activamente a informação, limitando-me a recolhê-la à medida que esta vai sendo disponibilizada (razão pela qual já fui etiquetado de "recolector"). Com esta informação, ou consolido, aos poucos, a ideia original que tinha ou, em alguns casos (raros), refuto-a.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quando Parece Que o Mundo Vai Desabar...

Acontece-me ocasionalmente ficar assoberbado com o trabalho. Não que o que tenha para fazer seja por demais complexo, mas simplesmente por ter muitas coisas a decorrer ao mesmo tempo. Não é o caso neste preciso momento, mas lembro-me bem quando tenho seis ou sete tarefas em mãos (entre projectos e outras coisas) como sinto, por vezes, as coisas estarem a escapar ao meu controlo. Há quem lide bem com esta incerteza (ou, pelo menos, assim o aparentam), mas eu não. Prefiro fazer poucas coisas bem a fazer muitas coisas mais-ou-menos.

Agora, em retrospectiva, vejo  que nestas situações costumo reagir geralmente da mesma forma. Costumo seleccionar uma das tarefas e fazê-la até ao fim deixando todas as outras pendentes o tempo que for necessário (ATENÇÃO: chefes de projecto devem ignorar a última frase). Isto porque preciso de "fechar pontas" e de sentir que concluí algo. É interessante o reforço positivo que isto tem em mim. O simples facto de concluir uma tarefa dá-me ânimo para endereçar as outras, e aquilo que inicialmente me parecia infindável, de repente parece-me exequível.

Claro que para isto funcionar é necessário saber "estancar" o fluxo de novas tarefas. Por vezes é necessário saber dizer "Não" (igualmente importante é saber quando o fazer).

domingo, 18 de novembro de 2007

Para Informáticos...

Eu sei que é uma piada muito "geek", mas não resisti...

Dilbert

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Túnel

Tenho um cliente que "mora" no centro de Lisboa, pelo que geralmente faço a travessia da A5, passando no túnel do Marquês. Cada vez que passo neste túnel observo o seguinte: Dada a inclinação do túnel, qualquer carro adquire uma velocidade superior à permitida naquele troço (50 Km/h) mesmo sem acelerar, obrigando os condutores, efectivamente, a travar para não ultrapassar o limite de velocidade. O que acontece comigo é que, neste percurso, passo mais tempo a olhar para o velocímetro para controlar a velocidade do que a olhar para os carros da frente. Acho que o limite de velocidade neste troço, para além de despropositado, é inclusivamente perigoso.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Frases Soltas

Eu tenho um pequeno caderno onde gosto de apontar algumas frases ou ideias que me contam, que oiço ou leio e que me parecem interessantes. Os critérios variam largamente, mas de forma geral, a maioria tem a ver com o relacionamento interpessoal, seja a nível pessoal como profissional. Penso nelas um pouco como "pérolas de sabedoria" e de vez em quando gosto de folhear este caderno para as relembrar. Curiosamente já me deparei com situações onde uma ou mais destas frases ou conceitos são directamente aplicáveis ajudando-me a ultrapassá-las de forma mais natural. Ainda nestes últimos dias li uma frase que um amigo me disse em tempos: "Tento tratar os outros como poderão vir a ser."

Eu acho esta frase bastante interessante. Pessoalmente relembra-me que todos desempenhamos um papel no crescimento das pessoas que nos rodeiam. Que temos a capacidade (mesmo que involuntária ou inconsciente) de influenciar o seu desenvolvimento. É uma frase que inspira o respeito próprio e pelo próximo e um grande sentido de responsabilidade. É também uma frase que me transmite uma grande confiança no potencial dos outros.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tecnologia, Entretenimento e Design

O TED (Technology, Entertainment and Design), é uma conferência anual que desafia pensadores, criadores e criativos e, de uma forma geral, personalidades interessantes a fazerem as apresentações das suas vidas em 18 minutos.

O objectivo desta conferência é "Partilhar Ideias" e, ao longo dos anos (esta conferência teve a sua primeira edição em 1984), tem-no feito através de personalidades como Al Gore, Jane Goodall, Chris Bangle (o responsável de design da BMW, que tive já oportunidade de escutar ao vivo), Jeff Bezos (criador e CEO da Amazon), Bono (sim, dos U2), Richard Branson ou Bill Clinton. No fundo pessoas com experiências de vida e perspectivas sobre a mesma bastante diferentes. O painel de oradores contempla ainda músicos, designers, monges budistas, economistas e advogados. Enfim, um rol praticamente infindável de personalidades.

Aconselho vivamente a darem uma vista de olhos pelo site. Acreditem que vale a pena. São tantas as apresentações que estão disponíveis (e geralmente apenas disponibilizam as melhores) e os tópicos são tão interessantes que para mim o mais difícil é escolher qual ver primeiro.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

É oficial...

... Sou introvertido!

Desta vez não sou eu que o digo, mas uma profissional certificada. Há pouco tempo atrás, numa acção de formação da empresa, fiz um teste de personalidade acompanhado por uma psicóloga (só isto já daria para incontáveis páginas de considerações jocosas). O teste chama-se MBTI (quem tiver assim MUITA curiosidade pode encontrar mais informação aqui) e avalia a personalidade das pessoas de acordo com 4 dicotomias. Uma destas é a Introversão/Extroversão. Engraçado, por alguns instantes temi que pudesse ser uma pessoa extrovertida, imaginando já as potenciais consequências:

"Ah não... Você tem perfil é de vendedor..."

Mas não, ao fim de 1h30, a psicóloga lá me indicou que afinal sou introvertido. Recebi a notícia com um misto de alívio e desilusão. Se calhar por nos ser incutido ao longo da vida que ser-se introvertido é algo negativo. Se calhar, por no fundo até achar que poderia ser um bom vendedor... :-)

El Gato!

"CASO MADELEINE II: João Paulo II recebeu Carolina Salgado. Bento XVI recebeu o casal McCann. É imperioso colocar um Securitas à porta do Vaticano. MG"

by, Gato Fedorento

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Menos chumbos por faltas

Já quando o Miguel escreveu sobre este assunto me apeteceu contribuir com o meu quinhão de sabedoria popularucha. Como hoje vi no telejornal mais uma referência ao assunto, lá me decidi a escrever este post.

Para mim a questão fundamental não é necessariamente quem beneficia ou não desta medida. Por uma questão de princípio acho que todos devem ter as mesmas oportunidades. Assim sendo, se querem criar provas de recuperação para quem chumba por faltas então que estas sejam uma oportunidade para todos, seja para melhoria de nota, seja para recuperar quem foi assíduo, se esforçou e não teve o aproveitamento que se esperava ou que teve mais dificuldades na matéria. Nesse cenário estas provas seriam mais como um exame final, opcional para quem passou.

Neste caso, questiono-me se continuará a fazer sentido o controlo da assiduidade. Das duas uma, ou as faltas servem para garantir a assiduidade pelo simples facto de a avaliação ser contínua, ou se a avaliação/recuperação (ainda não consegui perceber a subtileza da diferença) é efectuada no final independentemente da presença, então o seu controlo deixa de fazer sentido.

O Miguel levanta ainda um ponto legítimo. Qualquer um pode ter um azar na vida, mas creio que, nesse caso, estas situações (que não creio serem generalizadas) devem ser analisadas caso a caso e não creio que criar uma generalização para tratar casos particulares seja proveitoso para ninguém.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Risco Zero - Assustador

Acabo de ler uma notícia que mais do que me deixar perplexo (hoje em dia já começo a acreditar em tudo), deixa-me assustado.

Segundo o Diário Digital citando uma notícia publicada no Público na passada sexta-feira (02/11/2007), o MAI está a estudar um sistema de diferenciação entre condutores que envolve a aplicação de um dístico de forma bem visível na viatura indicando o tipo de condutor (condutor de alto, médio ou baixo risco). Isto faz-me lembrar que, não há muito tempo, houve que se lembrou de implementar um sistema de diferenciação de pessoas através da aplicação de dísticos bem visíveis (estrelas amarelas).

Já agora uma pergunta. Então e famílias que partilham o mesmo carro, hein? Têm vários dísticos ou sugerem uma cor mista, por exemplo um vermelho-esverdeado (muito patriótico por sinal)?

Podem ler a notícia completa aqui!

São este tipo de notícias que me causa calafrios. Citando o Santana Lopes: "Está tudo louco!"

sábado, 3 de novembro de 2007

"É Tarantino..." Pois é!

Para contexto leiam primeiro o post da Joana - "É Tarantino..."

Bom, pelo que já ouvi/li em entrevistas ao próprio realizador, o filme é assim mesmo... Um vazio de argumento, suportado em personagens fracas com um elevado teor de exploração sexual e erros de filmagem e de sonoplastia. A ideia original era apresentar dois filmes numa sequência "Grindhouse" (sei lá o que isto quer dizer), mas a fraca recepção nos Estados Unidos fez com que a distribuição fosse em separado - estou a falar do "Death Proof" do Tarentino e do "Planet Terror" do Robert Rodriguez.

Dito isto, confesso que gostei do filme. Não se preocupem que as razões pelas quais gostei não se prendem somente ao facto de ser um filme do Tarantino.

Tal como a Cristina, gostei bastante do facto de ser um filme com uma ambiência dos anos 70 (roupas, carros, etc.) polvilhada com elementos modernos (telemóveis e iPods, por exemplo). Achei deliciosas as referências ao "Kill Bill". Não me refiro apenas ao toque do telemóvel que a Joana menciona, mas à utilização de dois personagens do filme: o Xerife e o seu filho primogénito e assistente de Xerife (coincidentemente protagonizados por pai e filho, nomeadamente, os actores Michael e James Parks). Confesso que este pequeno pormenor, para mim, fez o filme.

Achei engraçado o "estudo" proposto pela Joana no final do post, por isso aqui vai uma sugestão: Comparar com o filme "Planet Terror" do Robert Rodriguez, que faz parte do duo "Grindhouse".

Eu diria que o Robert Rodriguez encaixa que nem uma luva na definição de "realizador de quem é "aceitável" não gostar...". Começou por ter um enorme sucesso com o filme de culto "El Mariachi". Realizou infindáveis (e igualmente nauseantes) sequelas de "Spy Kids". Realizou também o "Sin City" e o mais recente "300".

Creio que neste caso o nível de audiência nem sequer chegou lá perto. Claro que não sei o volume de bilheteira de cada um dos filmes, mas a verdade é que ainda se ouve falar do filme do Tarantino, mas nada se fala do filme do Robert Rodriguez (ou será que não procurei nos locais certos ?)